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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Corydoras


Talvez não exista nenhum aquarista que nunca tenha visto ou comprado um coridora ou limpa-fundo, como também são conhecidos estes belos peixinhos que vivem fuçando o fundo dos aquários procurando comida.
O nome científico deste grupo de peixes é Corydoras, e ele constitui um gênero onde já são conhecidas cerca de 115 espécies diferentes, todas com um padrão de colorido mais ou menos característico. Esse grupo pode ser reconhecido facilmente por apresentar duas fileiras de placas ósseas de cada lado do corpo, cabeça lateralmente comprimida, barbilhões curtos e um espinho e 6 a 8 raios na nadadeira dorsal. Entretanto a identificação precisa da maioria das espécies é no geral um trabalho bastante difícil, mesmo para os especialistas.
Todas as espécies deste gênero são de água doce e têm uma tolerância muito limitada à salinidade. Apesar de apresentarem alguma atividade diurna sua atividade é predominantemente noturna As espécies são encontradas da região norte da Argentina até a região das Guianas, por todo lado leste da Cordilheira dos Andes. Aqui no Brasil eles são encontrados em todas bacias hidrográficas, em pequenos tributários de riachos e rios cuja profundidade vai de 20 centímetros a 2 metros aproximadamente.
Muitas espécies são observadas vivendo numa faixa de temperatura de 17 a 28oC tanto em águas ligeiramente alcalinas como em águas ligeiramente ácidas. Algumas espécies em particular apresentam uma tolerância maior ou menor a variação desses parâmetros.
Os Corydoras são peixes que habitam o fundo de riachos ou pequenos rios e possuem o hábito de varrer o fundo procurando alimento. Na Natureza esses peixinhos se alimentam principalmente de larvas de mosquito, pequenos vermes, microcrustáceos e algas, porém uma grande variedade de outros ítens alimentares é também consumida, em pequena quantidade. Frequentemente é encontrado uma grande quantidade de areia no seu estômago que é resultado da ingestão com o alimento apanhado junto ao fundo.
A maioria das espécies de Corydoras não apresenta uma nítida diferença morfológica entre macho e fêmea, porém em algumas espécies, como Corydoras macropterus, o macho apresenta as nadadeiras dorsal e peitorais bem mais desenvolvidas que a fêmea, sendo portanto facilmente dinstinguíveis. O período reprodutivo é normalmente definido para os meses de verão, porém algumas espécies além de apresentarem uma maior atividade reprodutiva nos meses de dezembro e janeiro apresentam também alguma atividade reprodutiva ao longo de praticamente todo o ano. Em cativeiro o aumento da temperatura da água para cerca de 24 graus C é as vezes capaz de induzir a reprodução em animais bem nutridos.
O número de ovos por fêmea é em geral pequeno, variando de 100 a 200 aproximadamente, podendo ser fecundados por mais de um macho. Os ovos são pegajosos e assim logo que são expelidos pela fêmea aderem a algum substrato que pode ser uma planta, uma pedra ou mesmo o vidro do aquário. As vezes quando alguns ovos caem no chão, a fêmea recoloca-os, com a boca, no lugar. O tempo de incubação é de cerca de 48 a 72 horas.
Em muitos países da Europa algumas espécies de corydoras já são criadas com facilidade. Já foram desenvolvidas também algumas linhagens como as linhagens albinas de Corydoras aeneus e Corydoras paleatus Ainda que muito se tenha dito sobre esses peixes, vários aspectos da sua ecologia necessitam ser melhor investigados, principalmente por pessoas interessadas aqui na América do Sul, uma vez que essas espécies são originárias daqui e assim apenas nós temos acesso a esses interessantes peixes na Natureza.

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